A cidade de JANDAÍRA na Bahia sofre com a falta de segurança,
o município localizado no litoral norte do estado, tem uma população de pouco
mais de 10 mil habitantes.
Nossa equipe de reportagem se deslocou até o local, e constatou a
situação de perto.
A população reclama da falta de atenção, chegando ao ponto de não
ter como fazer registro de ocorrência.
Ao chegar à delegacia, não encontramos ninguém para nos atender.
Batemos palmas, chamamos, até gritamos e nada de ninguém aparecer.
O local parecia que estava desativado, as portas estavam abertas e
sem ninguém para nos receber.
Já que não tinha ninguém, mesmo depois de chamarmos, olhamos para
a parte interna e percebemos muita bagunça nas selas, já que ninguém aparecia
entramos no local que estava aberto, chamando e se perguntando se realmente ali
funcionava como delegacia.
Fomos até a parte interna da delegacia, que estava com as portas
escancaradas, sem dificuldade alguma, chegamos até a parte das selas onde seria
para estarem os prisioneiros.
Mas no lugar de prisioneiros, tinha moto, lixo e muita sucata.
SÓ ENTRAMOS POR QUE NÃO PARECIA QUE ALI ERA UMA DELEGACIA EM PLENO
FUNCIONAMENTO, PARECIA QUE ESTAVA DESATIVADA Há MUITO TEMPO.
Não tinha ninguém preso, se nós fossemos bandidos, teríamos levado
documentos, tocado fogo na delegacia, roubado armas se tivesse no local,
soltados presos e ninguém teria feito nada.
Por que ninguém estava na delegacia naquele momento.
Quando estávamos indo embora, surgiu do nada, uma senhora que diz
ser funcionaria da delegacia que faz serviços gerais.
Ela informou que o delegado estava na cidade, mas tinha dado uma
saidinha, falamos que voltaríamos logo mais para falar com Dr. ANDRÉ que é o
delegado de Jandira.
Nosso objetivo era entrevistar o delegado, e saber quais as
dificuldades enfrentadas por ele naquele município.
Por que a população reclama tanto do atendimento na delegacia, e
como comunicador, recebemos a informação, e fomos ao local para verificar a
veracidade da informação.
Voltamos quase 4:00 hs. Da tarde, e tinha muita gente aguardando
para registrar ocorrência e mais uma vez não tinha ninguém para atender.
Muitos foram embora, cansados de esperar, e revoltados com o
descaso.
Segundo a empregada, que chegou logo depois do retorno de nossa
equipe, informou que tem duas agentes, Leide e Jucemara.
Segundo ela, JUCEMARA,mora em alagoinhas e o delegado mora em
ARACAJU-SE.
Segundo informações, o delegado não tem dia certo para atender em
jandaíra.
E JUCEMARA, está na mesma linha segundo denúncia da população.
Ligaram para a agente informando que a imprensa estava no local, e
rapidamente apareceu a agente Luce Mara, de sandália tipo havaiana, confesso
que vestida desapropriadamente para se trabalhar em uma delegacia de polícia.
Jucemara, foi meio desconfiada com nossa equipe.
Apresentei-me como profissional de imprensa, e Perguntei pelo
delegado, ela disse que ele só estaria no dia seguinte, mas advertiu falando
que não podia da entrevista.
Eu perguntei quantas pessoas trabalhavam na delegacia além do
delegado.
Ela mais uma vez foi direta: “eu já disse que não posso da
entrevista”.
Eu disse que não era uma entrevista, que não estava gravando, só
estava fazendo uma pergunta, e precisava dessa informação, será que ela é
proibida de falar quantas pessoas trabalham na delegacia?
Por que ela não pode falar?
Saímos de lá, igual à população de Jandira, sem resposta.
A única certeza que se tem, é de um futuro incerto.
A cidade de Jandira corre perigo, está sem segurança e
desprotegida.
A população vitima do sistema, e refém do medo.
Seu JOÃO, mora em jandaíra a mais de 20 anos.
Ele conta que quando anoitece não sai de casa, tem medo.
Ele disse ainda que o delegado não tem dia certo para atender, e
que inclusive estava lá, desde 2:00 Hs. Da tarde, já era 4:00Hs. E ninguém
tinha aparecido para atendê-lo.
Um dia depois da visita de nossa equipe de reportagem ao município
de Jandaira, a matéria foi publicada aqui no RIO REAL NEWS.
Automaticamente, recebi uma ligação, nada incentivadora, de uma
senhora que em um tom ameaçador, dizia que o delegado iria me ouvir sobre o
crime que eu havia cometido.
Eu falei que sou a favor da justiça nesse país, e por isso estava
fazendo a denúncia da situação que vive o município de JANDAIRA.
E que não retiraria a matéria do ar, só com autorização da
justiça.
Logo depois, recebi várias ligações, do companheiro que me
acompanhou nessa reportagem.
O mesmo pedia para eu retirar o nome dele da reportagem, eu disse
que não removia, por que estaria adulterando um texto jornalístico, e seria um
crime.
Mas ele insistentemente fez questão de permanecer na qualidade de
fonte e não de comunicador, eu respeitei e por isso estou preservando sua
identidade.
Estou justificando, por que a matéria saiu do ar nesta sexta
feira.
retirei o nome dele da reportagem, mas por questão de ética profissional, não posso me furtar diante do fato que foi denunciado, e eu mesmo constatei a situação caótica que vive o município de Jandaira.
Por este motivo voltei a postar a matéria, que é de minha inteira responsabilidade.
ou eu postava a matéria, ou deixava de fazer jornalismo, porque como profissional de imprensa, não posso omitir a verdade, simplesmente por que alguém envolvido na denúncia, me ligou ameaçando por que se sentiu prejudicado.
quem não pode se prejudicar é a população do município de JANDAIRA que vive essa situação dramática, e ver nos profissionais de imprensa, o único meio melhorar o sistema que que é bruto.
Art. 9° - É dever do jornalista:
- Divulgar todos os fatos que sejam de interesse público;
- Lutar pela liberdade de pensamento e expressão;
- Defender o livre exercício da profissão;
- Valorizar, honrar e dignificar a profissão;
- Opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos do Homem;
- Combater e denunciar todas as formas de corrupção, em especial quando exercida com o objetivo de controlar a informação;
- Respeitar o direito à privacidade do cidadão;
- Prestigiar as entidades representativas e democráticas da categoria;
- Divulgar todos os fatos que sejam de interesse público;
- Lutar pela liberdade de pensamento e expressão;
- Defender o livre exercício da profissão;
- Valorizar, honrar e dignificar a profissão;
- Opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos do Homem;
- Combater e denunciar todas as formas de corrupção, em especial quando exercida com o objetivo de controlar a informação;
- Respeitar o direito à privacidade do cidadão;
- Prestigiar as entidades representativas e democráticas da categoria;
Se Alguém quiser manifestar
o direito de resposta, é só enviar um email para;
Por. NERIVALDO FERREIRA
DRT 7116 MT/BA – jornalismo de rádio e TV.
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